O Presidente da República, Daniel Chapo, marcou presença no jantar de gala alusivo ao 50.º aniversário do Banco de Moçambique, realizado no sábado (17), no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano.

Na sua intervenção, Daniel Chapo recuou no tempo para destacar “o espírito visionário e a coragem de homens e mulheres que, num momento crítico da nossa história, ergueram as fundações da nossa soberania e independência económica”, num contexto marcado por “desafios avassaladores como infra-estruturas em ruínas, escassez de recursos e uma economia por reconstruir.”

O Chefe de Estado acrescentou que, “mesmo nos momentos de maior adversidade, como crises de liquidez, choques externos, inflação galopante, entre outros, estes compatriotas mantiveram a serenidade e a autoridade técnica que hoje nos permitem orgulharmo-nos de uma instituição sólida e respeitada que celebra 50 anos.”

“Hoje, o País regista inflação controlada e reservas internacionais robustas. Apesar de todas as adversidades – cheias, inundações, ciclones, Covid-19 –, o Banco de Moçambique continua robusto”, disse Daniel Chapo, destacando igualmente as conquistas desta instituição no domínio da inclusão financeira, que deixou de ser meta para ser realidade.

Por sua vez, o Governador Rogério Zandamela disse que “este jantar de gala marca o ponto mais alto das festividades dos 50 anos do Banco de Moçambique, que efusivamente celebramos hoje, 17 de Maio de 2025, e do 45.º aniversário do Metical, a nossa moeda, que iremos comemorar no próximo dia 16 de Junho de 2025.”

Segundo o Governador, as festividades do jubileu de ouro foram lançadas no dia 17 de Maio de 2024, assim dando início à realização de um conjunto de eventos e actividades de carácter desportivo, cultural, académico e científico, sendo de destacar 11 palestras nas diversas universidades do País acerca do mandato do banco central, 2 exposições temporárias de artes plásticas no Museu Banco de Moçambique, jogos desportivos dos bancos centrais da SADC e a 60.ª Reunião do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais da SADC.

Rogério Zandamela fez ainda referência ao simpósio internacional realizado pelo Banco de Moçambique sob o tema “A Credibilidade dos Bancos Centrais e a Política Monetária”, cujos debates, segundo o Governador, demonstraram que a credibilidade é um activo estratégico para o banco central influenciar as expectativas da inflação, promover estabilidade no sistema financeiro e melhorar a implementação da política monetária com maior precisão e impacto na sociedade.

Durante o jantar de gala, foram premiados os vencedores do concurso “Prémio de Jornalismo 50 Anos do Banco de Moçambique”, lançado como parte das festividades.

Como não poderia deixar de ser, a cultura esteve presente no evento, com execuções exímias  de encher o olho, sob a batuta de figuras emblemáticas como Mingas, Moreira Chonguiça, Jimmy Dludlu, Stewart Sukuma, numa sinfonia que se entrelaça com a nova geração musical, representada no evento pela cantora Onésia.

Entretanto, o melhor estava por vir: a dança da Comissão Organizadora, que contra a corrente do jogo, ganhou a noite, atraindo ao palco o Chefe de Estado e os Antigos Presidentes da República Joaquim Chissano e Armando Guebuza.

Participaram no jantar Governadores de bancos centrais, representantes de instituições financeiras nacionais e internacionais, membros do Governo, membros do Conselho de Administração, gestores e técnicos do Banco de Moçambique.