O Governador do Banco de Moçambique (GBM), Rogério Zandamela, procedeu, na manhã desta quarta-feira (2), à abertura do 47.º Conselho Consultivo do Banco de Moçambique (47.º CCBM), na cidade da Beira, província de Sofala.

Na sua intervenção, Rogério Zandamela fez uma síntese do desempenho da economia nos primeiros 10 meses do ano em curso, e apresentou as perspectivas macroeconómicas para o ano de 2023. “Iniciamos o ano num ambiente marcado por algum optimismo traduzido pela melhoria da procura interna e externa e recuperação dos sectores mais afectados pela COVID-19, na sequência do alívio das medidas restritivas. Esse optimismo era ainda exacerbado pela reconquista da nossa cidadania nos mercados financeiros internacionais após a conclusão do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) do novo Programa de Crédito Ampliado, o que contribuiu para a retoma do apoio directo ao Orçamento do Estado, bem como o reforço da confiança perante os investidores internacionais” precisou.

Segundo Zandamela, até à primeira metade do ano registou-se a melhoria na actividade económica, com uma taxa de crescimento do produto interno bruto real na ordem de 4,6 por cento, após um modesto crescimento de 2,1 por cento em igual período de 2021. Por outro lado, as reservas internacionais rondavam nos 3 biliões de dólares americanos, o suficiente para cobrir cerca de cinco meses de importações de bens e serviços até ao fecho do primeiro semestre. Adicionalmente, continuou-se a registar a estabilidade de preços, com a inflação em um dígito até Maio de 2022, num contexto de contínua estabilidade da taxa de câmbio.